5. DG Desenho de Cópia

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DESENHO dos DESENHOS
Cópia e Interpretação
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O “Desenho dos desenhos”, compreende um conjunto de aulas dedicadas à cópia e interpretação de desenhos de diferentes autores. Propõe-se o estudo da expressão gráfica e da cultura do desenho oriunda das belas artes e da arquitectura.

Trata-se, com efeito, de ver e de analisar universos distintos mas também de considerar pontos comuns em relação aos meios riscadores e aos processos gráficos utilizados para a produção de imagens do real e do imaginário.

Neste processo, o acompanhamento do “Diário gráfico” é fundamental, não só para o desenvolvimento mais adequado da prática dos processos gráficos mas, essencialmente, para criar hábitos de registo que sirvam para pensar e articular a complexidade das ideias.

Pedagogicamente, o exercício de cópia é um modo de dar a ver, de alcançar, de assimilar gestos e atitudes, de conhecer novas técnicas e desenvolver outros recursos, assim como um modo de aceder à riqueza de uma cultura visual que a procura de imagens, como as do desenho, suscita.

David Hockney, é um artista que alude à cópia como método de aprendizagem, considerando que, quando se copia, trata-se não só, de analisar o que o outro apreendeu e transpôs para o papel mas, também, de assimilar a sua técnica e as suas qualidades sensíveis.

O desenho de cópia é conhecido na história da arte como processo natural de aprendizagem, e é também, neste sentido, que procuramos aprofundar o encontro das operações associadas com os elementos gráficos e plásticos do desenho; no entanto, ele é por vezes avaliado com um sentido pejorativo quando entendido no sentido de uma ação que apenas imita o original como processo mecânico.

Todavia, as qualidades gráficas extraídas de uma cópia perpassam o meramente mecânico e, por isso, como elucida Miguel Copón, «a cópia é como uma figura modelo de onde se extrai consequências. (...) a cópia é um importante sistema de enculturação e transmissão, presente em todas as facetas do homem». Quer isto dizer que ao produzir uma cópia se assimila, em simultâneo, um conjunto de procedimentos e conhecimentos que exigem várias questões:

Quem é o autor? Conhecer alguns aspetos acerca do autor revela-se importante para melhor compreender as técnicas e os instrumentos mas, também, para o situar historicamente na época e a que movimento artístico pertenceu. De que meios riscadores, técnica e suporte se trata? Lápis ou barra de grafite, carvão vegetal ou sintético, tinta, aparo, esferográfica, marcador, pastel seco ou de óleo, cera, aguada, a preto e branco ou a cor, etc.? O tipo de papel é outro dado importantíssimo. Liso, texturado, preparado, colorido, absorvente, etc.? Quais as dimensões do desenho? Trata-se de uma das mais importantes informações acerca do desenho. A dimensão do suporte interfere, sempre, no tipo de atitudes gráficas que se geram em consonância com o meio riscador.

O desenho de cópia será, então, o momento para colocar em prática gestos e atitudes que refletem o saber fazer próprio da ação plástica, de modo a desenvolver uma linguagem pessoal construída no contacto com a cultura visual do desenho de distintos autores, arquitectos e artistas; ao mesmo tempo que permite intensificar na formação do desenhador o domínio da sua própria expressão gráfica fundamental.

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Por falta de tempos lectivos, o Desenho de cópia e de interpretação passou a realizar-se apenas no Diário Gráfico, como tal, outros exemplos estão disponíveis no item "5. Diário gráfico - por estudante".
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